Caminho de Humanidade...

Há um caminho...
Nesse caminho encontramos amores e dissabores,
Nele não há certezas e honras.
Nesse caminho há apenas a vontade certa de penetrar o incerto, mergulhar no mistério e envolver-se pela contemplação de eternidade...
Ah... que eternidade!
A eternidade dos simples que se fazem no tempo.
O tempo dos fracos que se fortificam nos sonhos...
A vida vivida dos que comigo partilham a esperança...
E de repente, no caminho, jaz apenas o encontro: entre o EU que em mim centelha e o TU que em ti contemplo...
Caminhando, enfim, encontro com aqueles que aceitam ser simples; com aqueles que, sendo simples, tornam-se grandes e, sendo grandes, tornam-se detentores de uma sublime humanidade...




Não existe amor maior...

Não existe amor maior...
De repente a gente descobre que não pode mais estar sozinho... que nem a incompletude nossa é capaz de conformar-nos com a ausência de quem nos completa... E então a gente descobre que não pode viver sem o encanto, o carinho, a presença, o amor que Deus nos presenteia...

O que significa ser mestre...

O que significa ser mestre...
Neste dia, a maestria se fez presente na singeleza dos gestos e na simplicidade de quem é sábio na inteireza... de quem é inteiro na sabedoria e humanidade.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

viver de morte e morrer de vida

O medo que temos de encarar a morte se assemelha ao medo que nutrimos quando encaramos a vida. Medo é um sentimento que anula os caminhos que rodeiam a vitalidade humana e, por um instante, ou por instantes inteiros, congelam a coragem que temos em seguir adiante.

Quase sempre fugimos da morte como uma condição a ser evitada. Tememos a perda por não acreditarmos ser ela um elemento a nos completar. Erramos ao pensar assim. As perdas são sempre rostos diferentes do ato de ganhar, configurações plurais da singularidade da conquista. Não há conquista verdadeira que não venha munida pela perda. Cada perda é sempre um degrau para voos muito mais altos.

Talvez o medo que temos não é o de morrer. É medo de viver. Viver implica uma morte a cada vez, uma perda demorada da nossa condição. Trata-se de uma perda-ganho que se configura na maestria da relação, no aconchego da fé, na mágica da esperança. Somos os únicos que sabemo-nos morrer.

Somos os únicos seres que sabemo-nos viver de morte e viver de vida. Vivemos a consciência latente das perdas e dos ganhos em forma  de crescimento, em forma de busca, em forma de realização. Não nos damos conta mas cada vitória que nutrimos na existência é marcada pelo conjunto de perdas. E, cada perda, quase sempre se afirma como possibilidade de ganho real no crescimento individual e coletivo de cada ser humano.

E aí, damo-nos conta de que a poesia de vida que nos envolve é muito mais sublime do que a ilusão das perdas que nos assola. Aprendemos humanamente que as marcas que nos compõem são marcas humanas do tempo, eternizadas pelo calor da felicidade e vivenciadas na esperança de dias sempre melhores para a nossa vida...

E então... uma certeza: não há humanidade que não viva de morte. Não há morte que não viva de vida. Não há, enfim, caminhos humanos que não trafeguem os caminhos da busca e não anseiem horizontes de vida....