Caminho de Humanidade...

Há um caminho...
Nesse caminho encontramos amores e dissabores,
Nele não há certezas e honras.
Nesse caminho há apenas a vontade certa de penetrar o incerto, mergulhar no mistério e envolver-se pela contemplação de eternidade...
Ah... que eternidade!
A eternidade dos simples que se fazem no tempo.
O tempo dos fracos que se fortificam nos sonhos...
A vida vivida dos que comigo partilham a esperança...
E de repente, no caminho, jaz apenas o encontro: entre o EU que em mim centelha e o TU que em ti contemplo...
Caminhando, enfim, encontro com aqueles que aceitam ser simples; com aqueles que, sendo simples, tornam-se grandes e, sendo grandes, tornam-se detentores de uma sublime humanidade...




Não existe amor maior...

Não existe amor maior...
De repente a gente descobre que não pode mais estar sozinho... que nem a incompletude nossa é capaz de conformar-nos com a ausência de quem nos completa... E então a gente descobre que não pode viver sem o encanto, o carinho, a presença, o amor que Deus nos presenteia...

O que significa ser mestre...

O que significa ser mestre...
Neste dia, a maestria se fez presente na singeleza dos gestos e na simplicidade de quem é sábio na inteireza... de quem é inteiro na sabedoria e humanidade.

sábado, 18 de junho de 2011

Presença de uma ausência...

Engraçado que o tempo se comporte em nós como um pássaro que passa e de repente alça vôo para horizontes desconhecidos. Cada momento é mais do que a sucessão que passa. É a oportunidade ímpar de perceber que o único tempo que nos marca não é aquele que passa, mas aquele que fica, aquele que é construído pela vivência do momento e que, na lembrança, torna-se presença de uma ausência.

Ausência e presença, portanto, são elementos que marcam o tempo.

A ausência, mais do que a experiência do não ter, do não ver, do não sentir..., é a certeza existente da presença: por já ser, por ter sido, por sentir... Assim o é, quando a pessoa com a qual nos encontramos não mais está conosco; quando o filho que criamos, já está tão distante e diferente; quando os sonhos que realizamos já se perderam no acúmulo dos momentos e se transformaram em simples lembrança. E o são justamente porque a presença não é a lembrança do que marcou, mas a certeza de que o acontecimento enquanto fato não se perdeu na ausência sucessória das horas que passam, mas se presentificou em cada passo vivido, em cada nova aurora constituída.

Ausência é o nome humano que damos às nossas construções que se presentificaram no decorrer do tempo que se passou. É a presença do sonho. É o sonho da presença.

A Presença é sempre confundida com fato, com objetividade, com expressão física ou cósmica do que falamos. Presença não é outra coisa senão a oportunidade do encontro. É encontro marcado e acontecido. É a conjugação do sonho e da sua realização. É a ausência de momentos, tornando-os perenidade de acontecimento. Nada mais presente do que o encontro. Nada mais encontro do que a presença que nos certifica da objetividade de quem encontramos.

Assim, a presença é forma de não acreditarmos na ausência. É a perenidade do tempo que passa como um constante encontro, em que as pessoas e os seres nele envolvidos nada mais são que artífices de uma eterna aliança, uma lembrança de eterno amor...

Ausência e Presença: marcas do encontro humano com a inteireza do encontro, encontro marcado com a presença eterna dos sonhos esperançosos que nos marcam.