Caminho de Humanidade...

Há um caminho...
Nesse caminho encontramos amores e dissabores,
Nele não há certezas e honras.
Nesse caminho há apenas a vontade certa de penetrar o incerto, mergulhar no mistério e envolver-se pela contemplação de eternidade...
Ah... que eternidade!
A eternidade dos simples que se fazem no tempo.
O tempo dos fracos que se fortificam nos sonhos...
A vida vivida dos que comigo partilham a esperança...
E de repente, no caminho, jaz apenas o encontro: entre o EU que em mim centelha e o TU que em ti contemplo...
Caminhando, enfim, encontro com aqueles que aceitam ser simples; com aqueles que, sendo simples, tornam-se grandes e, sendo grandes, tornam-se detentores de uma sublime humanidade...




Não existe amor maior...

Não existe amor maior...
De repente a gente descobre que não pode mais estar sozinho... que nem a incompletude nossa é capaz de conformar-nos com a ausência de quem nos completa... E então a gente descobre que não pode viver sem o encanto, o carinho, a presença, o amor que Deus nos presenteia...

O que significa ser mestre...

O que significa ser mestre...
Neste dia, a maestria se fez presente na singeleza dos gestos e na simplicidade de quem é sábio na inteireza... de quem é inteiro na sabedoria e humanidade.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Deus

Há algum tempo o ser humano imaginou ter alcançado a arte definitiva de ser Deus. É interessante que quanto mais as pessoas negam a existência de Deus, só conseguem fazê-lo afirmando-O. Negam um Ser denominado de Deus, mas afirmam-se detentores da condição de serem deuses.

Não é uma atitude apenas contemporânea. Sempre foi assim. Desde a Antiguidade, passando pela Idade Medieval, época em que aparentemente Deus se fez bastante presente, chegando à Modernidade, tempo em que a ciência se afirmou fortemente como "deusa" da história, os homens e mulheres não baixaram a guarda quanto à possibilidade de colocar Deus sempre a serviço dos objetivos humanos.

A afirmação do ser humano parece estar sempre acompanhada da necessidade quase que antropológica de desbancar um ser que possa ser superior a si. Esse ser reclama para si muito poder. Não é típico do ser humano querer partilhar a história. Não é próprio da humanidade imaginar o transcendente fora do alcance da sua imanência.

Por isso, é muito mais fácil negá-Lo do que afirmá-Lo. É muito mais fácil provarmos a sua inexistência do que propriamente a sua imanência, a sua presença.

Aí então, entramos em um plano que já não é da lógica positivista ou cientificista que assola o presente da humanidade. Entramos no plano da Transcendência, da Fé. Trata-se de um plano que tem o intuito de afirmar mais o humano do que negá-lo, mesmo sabendo que o ser humano, ao negar a Deus, não quer negá-Lo, mas quer afirmá-Lo "fora" do seu caminho...

Assim, a Transcendência é esta capacidade que temos em não negar o que há além de nós, mas reconhecer que podemos alcançar realidade que por justamente irem além de nós, complementam o que somos, completam o nosso jeito humano de existir.

A Fé é uma das formas de Transcendência. Uma das formas que encontramos de alcançar, não somente a Deus, mas todas as realidades que, pela força de serem além do que somos, colocam-nos no âmbito próprio do entendimento do que realmente somos, do que realmente podemos ser.